Uma dúvida muito comum, até discutida em alguns vídeos no YouTube, é sobre a "falha" dos programas anti plágio não identificarem citações de referências contidas no documento original.
Em primeiro lugar, é importante entender a diferença entre citações diretas e indiretas, de forma bem simplificada, resumidas a seguir:
- Citação Direta: faz uso de cópia de trechos do documento sendo citado, o qual deve seguir normas de formatação. Por exemplo, na ABNT, até três linhas (Citação Direta Curta), usa-se aspas, e acima de 3 linhas deve-se formatar com recuo, tamanho de fonte reduzido (Citação Direta Longa).
- Citação Indireta: faz uso de uma interpretação, resumo, análise ou menção própria do documento sendo citado.
Em ambos os casos, as citações exigem que o autor apresente referências, também distintas em termos de formatação direta ou indireta.
Existe uma vastidão de materiais sobre o assunto, em especial sobre as normas da ABNT. Em nossa experiência, consideramos a série de vídeos "Dicas de Monografia" do Prof. José Hamilton (NEAD/UNIFEI) os mais completos e didáticos.
Em complemento, a Equipe do CopySpider desenvolveu um site especial que pode lhe ajudar a montar as suas referências e também decidir como apresentar as devidas citações: https://referenciabibliografica.net/
Quando um trabalho possui muitas referências diretas, é possível que um software como o CopySpider encontre semelhança com os trabalhos citados no texto em análise. E esta semelhança deve ser concluída como plágio? A resposta é não. Cabe ao avaliador do trabalho verificar se a semelhança ocorre apenas em trechos com citação direta.
Por outro lado, quando há muitos trechos semelhantes oriundos de citações indiretas, então é possível sim que o trabalho em análise seja considerado plágio de suas fontes, mesmo que as referências bibliográficas sejam apresentadas.
Em alguns casos, considera-se um erro de adequação da norma quando um trabalho copia citações indiretas de outras referências. No entanto, este erro também pode ser interpretado como plágio. Por isso, deve-se ter cuidado.
Em todos os casos, o resultado numérico da semelhança entre documentos fornecido pelo CopySpider nunca pode ser usado como crivo para aceitar ou rejeitar um trabalho.
É um engano recorrente que recebemos quando um autor diz que seu trabalho foi recusado por ter uma semelhança superior a "x%" com outro documento. Um trabalho só pode ser recusado depois de uma análise de suas semelhanças, análise esta que demonstre que existem trechos plagiados ou que não respeitam as normas de citações.
Ou seja, não existe o tal limite de "3% de plágio". Para entender melhor o limite de semelhança utilizado pelo CopySpider, veja esse FAQ.
Por fim, vale considerar que não conhecemos programas anti plágio que sejam capazes de identificar no texto em análise a formatação de citações diretas, logo não é uma falha dos softwares, mas sim uma análise que deve ficar sob responsabilidade de quem verifica os resultados.
Nota: sobre os vídeos da UNIFEI, não encontramos um canal oficial da IES para referenciar os links, logo pedimos desculpas caso os vídeos mencionados não estejam de acordo com as regras de divulgação da universidade, bastando entrar em contato conosco para a retirada imediata dessas referências de nosso site.